Afinal o que são chakras e como se manifestam no corpo?

Alinhamento de chakras é algo que se ouve falar mas que não sabemos muito bem do que se trata. Talvez seja algo mais para ser sentido do que para ser falado.

A palavra “Chakra” significa “roda” ou “vórtice”, e pertence ao modelo cosmológico induísta, onde a psicologia budista tem as suas mais antigas raízes. Os chakras são centros de energia.

São sete os chakras principais considerados pela psicologia oriental, ligando-se cada um a um certo tipo de consciência.

Todos os chakras têm um certo grau de ativação, no entanto, o psiquismo de cada pessoa investe mais nuns do que noutros, fazendo com que uns sejam mais ativos. Isto acontece, não pelo facto da pessoa conhecer a existência ou natureza dos chakras, mas sim por esta se ligar, de forma natural e predominante, às características próprias de uns ou de outros. A evolução máxima, possível para o homem, consistiria em este ir deslocando a sua consciência sempre para o chakra superior até conseguir fixá-la no mais elevado, tornando-o plena e definitivamente ativo.

Por “evolução” entende-se o “conhecimento de si”, este conhecimento implica estado consciente e é feito por níveis. Quando se atinge um nível de conhecimento, a consciência aí investida passa para um novo nível de manifestação, contínuo ao anterior e proporciona o desejo de avanço no auto-conhecimento. Sendo assim, o “fim da evolução humana” não é o fim da pessoa que o atingiu, mas sim a passagem para um nível superior do processo evolutivo.

As palavras “superior” e “inferior” relativamente aos chakras, referem-se ao estado de pressuposta limitação e conhecimento de si, em que a consciência da pessoa se encontra.

Os sete chakras situam-se de forma ascendente ao longo da coluna vertebral, através da qual circulam as energias criadoras da consciência.

Os três primeiros chakras (Muladhara, Swadhistana e Manipura) relacionam-se com o desenvolvimento do corpo físico, do ego e da personalidade percebida como força. O Anahata, representado por dois triângulos, um ascendente e outro descendente, que se cruzam em forma de estrela, é o centro onde se estabelecem, em contexto de amor, dois tipos de consciência, uma que procura manter o ego, pela ligação emotiva a outros egos; outra que procura transcendê-lo pelo despertar do sentimento de Compaixão. Finalmente os três últimos (Vishudda, Ajna e Sahasrara) relacionam-se com a realização humana, no campo da transpessoalidade e do auto-conhecimento.

Da atividade conjugada, em intensidades e polaridades diversas, dos sete chakras, resulta uma consciência específica para cada ser humano.

Cada um destes centros energéticos, tem uma influência específica no nosso estado, consoante a zona do corpo a que estão ligados e à forma como recebem informação do nosso interior e exterior.

No caso do primeiro chakra, situado na região do plexo pélvico (entre o ânus e os genitais), está relacionado com a criação e manutenção do ser humano individualizado. Orienta-se para a segurança e conservação do indivíduo. Comanda as glândulas supra-renais e tem como principais funções regular o fluxo de energia recebido do sol e da terra; regular a energia que utilizamos em atividade; regular a carga energética que a pessoa distribui; dar, à pessoa, gosto pela vida material; ajudar a preservar o corpo físico e dar vitalidade. É este chakra que ativa os outros chakras; que estimula a criação de raízes, ensina o uso correto do dinheiro; ajuda nas escolhas que a pessoa tem que fazer. É ainda este chakra que faz com que a pessoa se situe corretamente no tempo e no espaço.

A consciência resultante da ligação a este chakra de modo preponderante, sobrevalorizando a construção física, leva à obsessão com o corpo e o medo excessivo de perdê-lo; sendo este medo a matriz de todos os medos do Homem. Neste caso, o individuo torna-se agressivo e defensivo, exagerando todas as ameaças, podendo, em casos extremos, vê-las onde não existem. A energia deste chakra é, assim, desviada para a produção de fenómenos psicológicos ligados ao medo e ao apego físico, ficando muito pouca disponível para a conservação equilibrada do corpo.

O Chakra base entra em bloqueio através da violência, perante explosão de nervos, risco de vida, com falta de conexão com a terra e descuido do corpo físico. Ele acelera perante a impaciência, irritação, quando a pessoa come em excesso, com a busca excessiva de prazeres e perante o egoísmo. Este chakra desacelera com um estado de desprendimento, perante dificuldades materiais, problemas familiares ou desemprego.

A desordem deste chakra reflete-se no corpo físico através de obesidade, bulimia, problemas musculares e nos tendões, reumatismo, dores ciáticas, hemorróidas,  problemas em urinar ou defecar, problemas nos rins, distúrbios nas glândulas supra-renais, entre outros.

A patologia psicológica deste centro é o medo, em todas as suas formas e graus de intensidade.

Duas das formas de recuperação das funções deste e outros chakras em desequilíbrio, é através da prática de yoga e meditação. Através de exercícios específicos e de consciencialização de cada um dos centros energéticos, o Homem poderá manter-se saudável e com vitalidade.

 

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