equilibrio do ser humano

Como o respeito pelos ritmos naturais influencia a nossa vida?

Respeita os seus ciclos naturais?

“Tudo o que acontece de acordo com a natureza deve ser considerado saudável.”, disse Cícero.

O nosso corpo acompanha ciclos ou ritmos naturais, ou pelo menos deveria acontecer assim.

O nosso ciclo de sono, sonho, acordado é ou deveria ser uma harmonia natural.

Tal como a Terra gira em volta do seu eixo a cada 24h e leva 365 dias para descrever o seu trajeto à volta do sol, a lua leva entre 28 a 29 dias a girar em volta da Terra, também o ser humano deverá viver de acordo com o seu ritmo natural, inserido neste meio cósmico regulador de todos os ritmos.

Só recentemente a ciência moderna começou a reconhecer até onde estes ciclos cósmicos têm uma equivalência na fisiologia de cada ser humano. Um exemplo disso, é a forma como a depressão clínica é influenciada pela mudança das estações do ano e até mesmo pelos diferentes períodos do dia.

Para desfrutarmos de um sono perfeito, é fundamental compreendermos até onde a nossa experiência interna é influenciada pelo ritmo que nos cerca. Ou seja, o ritmo biológico interior que cada um percebe como seu, é uma expressão externa da natureza. Quantas pessoas se “deixam influenciar” de forma mais tristonha ou menos alegre, por um dia cinzento e chuvoso?

Talvez outros de nós, não de forma contínua, se identifiquem com estes dias como uma forma de apaziguar o seu estado agitado e necessidade de acção, estimulado pelo sol.

Também não é por acaso que a maioria de nós dorme durante a noite e circula e trabalha durante o dia. A vida está pensada desta forma, porque os ritmos naturais assim o definem até hoje.

Os ritmos externos e internos são apenas duas expressões dos próprios ciclos naturais, que se apresentam cuidadosamente ordenados.

Do ponto de vista da influência destes ciclos naturais na nossa vida diária, os cientistas chamam-lhe ritmo circadiano. Este consiste no padrão dos ciclos biológicos que se repetem a intervalos de aproximadamente 24horas. Muitos dos sinais vitais do nosso corpo regem-se pelo ritmo circadiano, isto é, as funções neurológicas e endócrinas, bem como como as flutuações de temperatura, a produção de hormonas e enzimas e o ciclo sono /estado de alerta.

Se os nossos pacificadores internos não forem reajustados de forma regular, começarão a orientar-se no sentido de uma programação cada vez mais distanciada do que o mundo considera serem horas regulares. Ou seja, passar a tomar o pequeno almoço à meia-noite e deitarmo-nos ao amanhecer.

Se explorarmos as causas fundamentais, as irregularidades no relógio biológico interno revelam ser as causas mais importantes da insónia.

Um dos factores que veio influenciar a alteração dos nossos ritmos naturais, foi a introdução de luz elétrica nas casas, afastando-nos do nosso conceito natural de dia e noite. O efeito benéfico da luz elétrica para manter-nos uma vida noturna em segurança, com luz, transformou-se por outro lado numa forma de dormirmos menos e pior, acrescido nos dias de hoje pela utilização excessiva de ecrãs que tantos dispositivos nos facultam.

É então necessário restabelecer a harmonia.

Segundo o Ayurveda, a irregularidade e a instabilidade são característcas do  dosha Vata. A crescente divergência entre as nossas rotinas diárias e e os ritmos naturais da vida são cruciais na produção de sensação de instabilidade decorrente do desequilíbrio deste dosha Vata.

Se a qualidade do sono se tornou uma preocupação, teremos que aprender a harmonizar novamente o ritmo do corpo com os ciclos naturais que nos cercam. Os ritmos da natureza ainda existem e afirmam a sua força. Ou seja, o sol continua a nascer e pôr-se, o fluxo das marés continuam a existir e estes fenómenos continuam poderosos e a exercer uma enorme influência nos seres humanos.

Reajustar o nosso relógio biológico  ao nosso funcionamento regular  e ordenado com os ritmos da natureza é fundamental para contornarmos a questão da insónia, que a tantos de nós incomoda.

Segundo o Ayurveda, existe um horário de acordo com os ritmos e ciclos da natureza e elementos naturais (ar, éter, fogo, água e terra, de onde se formam os nossos doshas e , onde o ser humano se integra.

Num primeiro ciclo do dia, o dosha Kapha (água e terra) predomina entre as 6h e as 10h da manhã, o dosha Pitta (fogo e água), manifesta a sua força entre as 10h e as 14h, e o dosha Vata (ar e éter- espaço circundante), manifesta-se entre as 14h e a 18h.

No segundo ciclo do dia, kapha predomina entre as 18h e as 22h, Pitta entre as 22h e as 2h da manhã e vata, manifesta-se com maior intensidade entre as 2h e as 6h da manhã.

Um dos aspetos mais importantes de uma vivência em sintonia com a natureza é o respeito destes ciclos dominantes que sustentam a nossa existência física. Cada um de nós deverá decidir o que prefere para a sua vida. ... Conseguir dormir  ou “querer” ficar acordado? Harmonia ou desarmonia?

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Afinal o que são chakras e como se manifestam no corpo?

Alinhamento de chakras é algo que se ouve falar mas que não sabemos muito bem do que se trata. Talvez seja algo mais para ser sentido do que para ser falado.

A palavra “Chakra” significa “roda” ou “vórtice”, e pertence ao modelo cosmológico induísta, onde a psicologia budista tem as suas mais antigas raízes. Os chakras são centros de energia.

São sete os chakras principais considerados pela psicologia oriental, ligando-se cada um a um certo tipo de consciência.

Todos os chakras têm um certo grau de ativação, no entanto, o psiquismo de cada pessoa investe mais nuns do que noutros, fazendo com que uns sejam mais ativos. Isto acontece, não pelo facto da pessoa conhecer a existência ou natureza dos chakras, mas sim por esta se ligar, de forma natural e predominante, às características próprias de uns ou de outros. A evolução máxima, possível para o homem, consistiria em este ir deslocando a sua consciência sempre para o chakra superior até conseguir fixá-la no mais elevado, tornando-o plena e definitivamente ativo.

Por “evolução” entende-se o “conhecimento de si”, este conhecimento implica estado consciente e é feito por níveis. Quando se atinge um nível de conhecimento, a consciência aí investida passa para um novo nível de manifestação, contínuo ao anterior e proporciona o desejo de avanço no auto-conhecimento. Sendo assim, o “fim da evolução humana” não é o fim da pessoa que o atingiu, mas sim a passagem para um nível superior do processo evolutivo.

As palavras “superior” e “inferior” relativamente aos chakras, referem-se ao estado de pressuposta limitação e conhecimento de si, em que a consciência da pessoa se encontra.

Os sete chakras situam-se de forma ascendente ao longo da coluna vertebral, através da qual circulam as energias criadoras da consciência.

Os três primeiros chakras (Muladhara, Swadhistana e Manipura) relacionam-se com o desenvolvimento do corpo físico, do ego e da personalidade percebida como força. O Anahata, representado por dois triângulos, um ascendente e outro descendente, que se cruzam em forma de estrela, é o centro onde se estabelecem, em contexto de amor, dois tipos de consciência, uma que procura manter o ego, pela ligação emotiva a outros egos; outra que procura transcendê-lo pelo despertar do sentimento de Compaixão. Finalmente os três últimos (Vishudda, Ajna e Sahasrara) relacionam-se com a realização humana, no campo da transpessoalidade e do auto-conhecimento.

Da atividade conjugada, em intensidades e polaridades diversas, dos sete chakras, resulta uma consciência específica para cada ser humano.

Cada um destes centros energéticos, tem uma influência específica no nosso estado, consoante a zona do corpo a que estão ligados e à forma como recebem informação do nosso interior e exterior.

No caso do primeiro chakra, situado na região do plexo pélvico (entre o ânus e os genitais), está relacionado com a criação e manutenção do ser humano individualizado. Orienta-se para a segurança e conservação do indivíduo. Comanda as glândulas supra-renais e tem como principais funções regular o fluxo de energia recebido do sol e da terra; regular a energia que utilizamos em atividade; regular a carga energética que a pessoa distribui; dar, à pessoa, gosto pela vida material; ajudar a preservar o corpo físico e dar vitalidade. É este chakra que ativa os outros chakras; que estimula a criação de raízes, ensina o uso correto do dinheiro; ajuda nas escolhas que a pessoa tem que fazer. É ainda este chakra que faz com que a pessoa se situe corretamente no tempo e no espaço.

A consciência resultante da ligação a este chakra de modo preponderante, sobrevalorizando a construção física, leva à obsessão com o corpo e o medo excessivo de perdê-lo; sendo este medo a matriz de todos os medos do Homem. Neste caso, o individuo torna-se agressivo e defensivo, exagerando todas as ameaças, podendo, em casos extremos, vê-las onde não existem. A energia deste chakra é, assim, desviada para a produção de fenómenos psicológicos ligados ao medo e ao apego físico, ficando muito pouca disponível para a conservação equilibrada do corpo.

O Chakra base entra em bloqueio através da violência, perante explosão de nervos, risco de vida, com falta de conexão com a terra e descuido do corpo físico. Ele acelera perante a impaciência, irritação, quando a pessoa come em excesso, com a busca excessiva de prazeres e perante o egoísmo. Este chakra desacelera com um estado de desprendimento, perante dificuldades materiais, problemas familiares ou desemprego.

A desordem deste chakra reflete-se no corpo físico através de obesidade, bulimia, problemas musculares e nos tendões, reumatismo, dores ciáticas, hemorróidas,  problemas em urinar ou defecar, problemas nos rins, distúrbios nas glândulas supra-renais, entre outros.

A patologia psicológica deste centro é o medo, em todas as suas formas e graus de intensidade.

Duas das formas de recuperação das funções deste e outros chakras em desequilíbrio, é através da prática de yoga e meditação. Através de exercícios específicos e de consciencialização de cada um dos centros energéticos, o Homem poderá manter-se saudável e com vitalidade.

 

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