terapias naturais

Como combina os alimentos? Alguns são incompatíveis...

De acordo com o Ayurveda a alimentação tem uma repercussão bastante considerável na saúde do Ser Humano. A velha máxima: “Faz do teu alimento o teu medicamento e do teu medicamento o teu alimento” ganha todo o sentido.

Mas agora a grande questão é: O que devo comer? Actualmente vemos inúmeros livros sobre alimentação. Alimentação detox, cozinha tradicional de um determinado país ou região, cozinha alcalina, dieta para o tipo sanguíneo, vegetariana, vegan, crua, cozinhada,  gourmet, receitas fáceis, difíceis…. . Enfim, muita oferta. Em simultâneo vemos muita publicidade e farmácias cheias de suplementos alimentares e fármacos para indigestão, gases, azia, trânsito intestinal, etc… .

Em boa verdade a pergunta a fazer é: O que devo comer e com o quê? Escassa é a informação que existe sobre a combinação dos alimentos. Será que o nosso fogo digestivo (Agni) consegue digerir e assimilar correctamente “qualquer coisa” que colocamos dentro do nosso estômago? Obviamente, NÃO. O Ayurveda tem uma extensa lista de alimentos incompatíveis. Alimentos que por si só podem ser saudáveis, mas que combinados podem dar mau resultado a longo, médio ou a curto prazo, dependendo do nosso poder de digestão que varia de pessoa para pessoa (na consulta de Ayurveda é possível determinar esta capacidade).

Porque há alimentos incompatíveis? Segundo o conhecimento ayurvédico  cada alimento tem o seu próprio sabor (Rasa). Tem igualmente uma energia que pode aquecer ou arrefecer (Virya) e um efeito pós digestivo (Vipaka). Existem também alguns alimentos com um efeito contraditório às suas caractarísticas, chamado de efeito ou potência especial (Prabhava) que é inexplicável e apenas se sabe por experimentação e a devida documentação. Uma fruta muito utilizada no Ayurveda é o Amalaki, também conhecida por Amla, que significa ácido. O rasa ácido tem um virya quente, mas o Amla tem um efeito refrescante.

E respondendo à pergunta colocada no início do anterior parágrafo, uma mistura de alimentos com sabor, energia e efeitos pós digestivos diferentes determinam o quanto são digeridos e assimilados. Muitas vezes apenas sobrecarregam o nosso sistema digestivo dando-nos a sensação de saciamento, mas na verdade estamos apenas subjugar o nosso estômago e intestinos a um trabalho extra.

Em conformidade com a linguagem da ciência moderna, podemos grosseiramente traduzir estes efeitos, sabores e energias com uma palavra: Enzimas. Substâncias proteicas que activam uma reacção química orgânica. As enzimas são particularmente específicas. São produzidas pelo nosso organismo e igualmente se encontram em alguns alimentos crus. Na prática o que significa? As diferentes enzimas são responsáveis pela nossa correcta digestão e assimilação dos diferentes nutrientes da nossa alimentação. Assim sendo, ao misturar determinados alimentos a nossa digestão pode ser prejudicada provocando indigestão, gases, azia, má absorção de nutrientes e resulta na produção de toxinas. Isto porque as enzimas nem sempre trabalham “em equipa”! Vamos ao cerne da questão, como saber que alimentos são incompatíveis?

Principalmente comer simples sem demasiadas misturas em geral. Frutas devem ser consumidas de forma isolada e apenas um tipo de fruta de cada vez (saladas de frutas não são aconselhadas). Evite misturar proteínas e evite comer alimentos muito quentes em simultâneo com alimentos muito frios.

 

Consulte a tabela em baixo para melhor apreender quais os alimentos que NÃO deve misturar.

Alimento

Incompatível com

Leite de Vaca

Praticamente todas as frutas. Excepto Manga. Peixe, Yogurte, pão que tenha fermento. Café.

Yogurte

Leite. Frutas ácidas, banana e manga. Bebidas quentes. Peixe. Amidos. Queijo.

Melão

Todos os alimentos.

Ovos

Leite, yogurte e queijo. Batatas. Toda a fruta.

Amidos (milho, trigo, batata…)

Bananas. Leite. Ovos. Tâmaras.

Mel (nunca cozinhar mel)

Leguminosas e outras proteínas.

Milho

Tâmaras, passas d’uva e bananas.

Limão

Yogurte e leite. Pepino e tomate.

Solanácias (batata, tomate, beringela…)

Yogurte, leite e pepino.

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Como o respeito pelos ritmos naturais influencia a nossa vida?

Respeita os seus ciclos naturais?

“Tudo o que acontece de acordo com a natureza deve ser considerado saudável.”, disse Cícero.

O nosso corpo acompanha ciclos ou ritmos naturais, ou pelo menos deveria acontecer assim.

O nosso ciclo de sono, sonho, acordado é ou deveria ser uma harmonia natural.

Tal como a Terra gira em volta do seu eixo a cada 24h e leva 365 dias para descrever o seu trajeto à volta do sol, a lua leva entre 28 a 29 dias a girar em volta da Terra, também o ser humano deverá viver de acordo com o seu ritmo natural, inserido neste meio cósmico regulador de todos os ritmos.

Só recentemente a ciência moderna começou a reconhecer até onde estes ciclos cósmicos têm uma equivalência na fisiologia de cada ser humano. Um exemplo disso, é a forma como a depressão clínica é influenciada pela mudança das estações do ano e até mesmo pelos diferentes períodos do dia.

Para desfrutarmos de um sono perfeito, é fundamental compreendermos até onde a nossa experiência interna é influenciada pelo ritmo que nos cerca. Ou seja, o ritmo biológico interior que cada um percebe como seu, é uma expressão externa da natureza. Quantas pessoas se “deixam influenciar” de forma mais tristonha ou menos alegre, por um dia cinzento e chuvoso?

Talvez outros de nós, não de forma contínua, se identifiquem com estes dias como uma forma de apaziguar o seu estado agitado e necessidade de acção, estimulado pelo sol.

Também não é por acaso que a maioria de nós dorme durante a noite e circula e trabalha durante o dia. A vida está pensada desta forma, porque os ritmos naturais assim o definem até hoje.

Os ritmos externos e internos são apenas duas expressões dos próprios ciclos naturais, que se apresentam cuidadosamente ordenados.

Do ponto de vista da influência destes ciclos naturais na nossa vida diária, os cientistas chamam-lhe ritmo circadiano. Este consiste no padrão dos ciclos biológicos que se repetem a intervalos de aproximadamente 24horas. Muitos dos sinais vitais do nosso corpo regem-se pelo ritmo circadiano, isto é, as funções neurológicas e endócrinas, bem como como as flutuações de temperatura, a produção de hormonas e enzimas e o ciclo sono /estado de alerta.

Se os nossos pacificadores internos não forem reajustados de forma regular, começarão a orientar-se no sentido de uma programação cada vez mais distanciada do que o mundo considera serem horas regulares. Ou seja, passar a tomar o pequeno almoço à meia-noite e deitarmo-nos ao amanhecer.

Se explorarmos as causas fundamentais, as irregularidades no relógio biológico interno revelam ser as causas mais importantes da insónia.

Um dos factores que veio influenciar a alteração dos nossos ritmos naturais, foi a introdução de luz elétrica nas casas, afastando-nos do nosso conceito natural de dia e noite. O efeito benéfico da luz elétrica para manter-nos uma vida noturna em segurança, com luz, transformou-se por outro lado numa forma de dormirmos menos e pior, acrescido nos dias de hoje pela utilização excessiva de ecrãs que tantos dispositivos nos facultam.

É então necessário restabelecer a harmonia.

Segundo o Ayurveda, a irregularidade e a instabilidade são característcas do  dosha Vata. A crescente divergência entre as nossas rotinas diárias e e os ritmos naturais da vida são cruciais na produção de sensação de instabilidade decorrente do desequilíbrio deste dosha Vata.

Se a qualidade do sono se tornou uma preocupação, teremos que aprender a harmonizar novamente o ritmo do corpo com os ciclos naturais que nos cercam. Os ritmos da natureza ainda existem e afirmam a sua força. Ou seja, o sol continua a nascer e pôr-se, o fluxo das marés continuam a existir e estes fenómenos continuam poderosos e a exercer uma enorme influência nos seres humanos.

Reajustar o nosso relógio biológico  ao nosso funcionamento regular  e ordenado com os ritmos da natureza é fundamental para contornarmos a questão da insónia, que a tantos de nós incomoda.

Segundo o Ayurveda, existe um horário de acordo com os ritmos e ciclos da natureza e elementos naturais (ar, éter, fogo, água e terra, de onde se formam os nossos doshas e , onde o ser humano se integra.

Num primeiro ciclo do dia, o dosha Kapha (água e terra) predomina entre as 6h e as 10h da manhã, o dosha Pitta (fogo e água), manifesta a sua força entre as 10h e as 14h, e o dosha Vata (ar e éter- espaço circundante), manifesta-se entre as 14h e a 18h.

No segundo ciclo do dia, kapha predomina entre as 18h e as 22h, Pitta entre as 22h e as 2h da manhã e vata, manifesta-se com maior intensidade entre as 2h e as 6h da manhã.

Um dos aspetos mais importantes de uma vivência em sintonia com a natureza é o respeito destes ciclos dominantes que sustentam a nossa existência física. Cada um de nós deverá decidir o que prefere para a sua vida. ... Conseguir dormir  ou “querer” ficar acordado? Harmonia ou desarmonia?

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Que impacto tem o stress na sua vida?

Como sente que o stress influencia a sua vida? Entre as diversas situações de stress que influenciam as nossas vidas, as que mais se destacam relacionam-se com stress emocional e stress profissional.

O stress emocional é, frequentemente, derivado de um relacionamento dificil ou até da ideia de antecipação do fim de uma relação, independentemente de qual possa ser o motivo. Este tipo de stress, afeta órgãos como coração e pulmões. Além da acção mais óbvia  sobre o coração , os pulmões ficam envolvidos pela dor e tristeza resultantes de algum tipo de perda ou até falta de afeto.

O Stress profissional é um dos problemas de saúde mais encontrado. Na vida moderna, o ritmo exigido pela necessidade constante de crescimento, expansão e sobrevivência financeira exige que a força de trabalho esteja alerta durante mais tempo do que os ritmos biológicos permitem. A consequência, além da fadiga causada pela constante drenagem de energia da força vital dos rins e das glândulas supra renais, é uma raiva e uma frustração que prejudicam bastante o fígado. O receio de perder o emprego ou dinheiro, danifica os rins, assim como trabalhar em sítios desagradáveis enfraquece as funções do estômago, do pâncreas e do baço.

Então, como o stress emocional e o stress profissional se influenciam mutuamente?

O esgotamento emocional drena negativamente a energia dos pulmões, provocando tristeza. Esta situação provoca confusão no sistema nervoso, impede a clareza mental e afeta negativamente o fígado, levando à frustração e à raiva. Esse estado emocional causa falta de concentração, inviabilizando a tentativa de desempenhar adequadamente as funções profissionais. Fica-se assim mais exposto à possiblidade  de criar atritos com colegas de trabalho.

Quando as pessoas stressam no ambiente profissional, dão origem a emoções negativas que se refletem posteriormente no ambiente pessoal e familiar. Enervam-se facilmente e descarregam na maioria das vezes, as suas frustrações nas pessoas que mais gostam. Nestas situações muita raiva é libertada e a energia que se solta do fígado, vai instalar-se no coração. Assim, como a raiva alimenta o coração, este expressa impaciência e crueldade em vez de amor, alegria e respeito, dando muitas vezes origem a troca de insultos.

Como alguém disse: “Quanto mais alto se fala ou grita, maior a distância do coração”

As trocas de insultos levam à intoxicação do fígado, que se torna duro, levando a um estado de espírito de ódio, por vezes, até a pessoa colapsar e /ou ficar predisposta a várias disfunções.

Algumas causas de stress podem identificar-se como:

Apreensão, ou seja, gerar-se energia negativa muito antes do acontecimento stressante, manifestando-se uma vivência no futuro ao invés de se viver no presente, projetando-se, com frequência preocupações em problemas irrelevantes.

Outra causa de stress, poderá ser a falta de método. Quantas vezes queremos fazer tudo ao mesmo tempo e rápido? Desta forma, dispersa-se muita energia e tornamo-nos incapazes de fazer alguma coisa. O que resulta daqui? Frustração e perda de tempo pela ineficiência.

Também a percepção exagerada de nós próprios se pode tornar numa causa de stress. Ficamos muitas vezes obcecados com a ideia que o mundo está a observar cada movimento que fazemos e por isso, tentamos agradar a todos. Contudo, como todos, os que agirmos assim,  temos a mesma consciência, ninguém observa ninguém. Este estado ajuda a alimentar o isolamento entre as pessoas e deriva em metas irrealizáveis e desnecessárias.

Um outro ponto a considerar como motivo de stress, manisfesta-se por uma auto confiança artificial. Quantas vezes nos falta a autoconfiança necessária para finalizar projetos? Por vezes até nos são atraibuidos papéis ou atribuimos papéis a nós próprios que estão além das nossas capacidades, sendo o trabalho realizado de forma inadequada e acabando por gerar medo de observações menos interessantes.

Também o isolamento social, hoje em dia tão falado pelas circunstâncias, conduz a fator de stress.

De forma genérica, este ponto resulta muita vezes do excesso de competição da nossa sociedade, em detrimento da colaboração, o que levou a que, por vezes, nem no seio familiar se sinta apoio, se origine niveis de stress tão grandes que levam as pessoas a envolver-se em vícios, até perigosos, conduzindo a comportamentos extremistas e a ter que procurar ajuda em grupos específicos terapêuticos.

 

O que resulta de tanto stress?

Transformar o ser humano e os seus recursos naturais em entulho, pela atrofia social e espiritual, faz perder a capacidade natural e facilidade de expressar amor, alegria e respeito. Incapazes de processar e reciclar dor, o stress, parte integrante da nossa vida é despejado nos sítios vulneráveis mais próximos, como familia e trabalho. O stress acumulado no trabalho ou como resultado de situações emocionais é muitas vezes a razão do enorme desrespeito das pessoas pela natureza, seja a natureza interior ou exterior.

 

Para que estes sintomas não se tornem piores, há que vencê-los, usando práticas meditativas, preventivas e curativas, utilizando metodologias resultantes das artes milenares do Ayurveda, Yoga e do Chi Kung ou Tai chi que nos permitam reciclar a energia negativa em energia positiva e transformar o stress em vitalidade.

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